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    Com 78 milhões de minutos consumidos apenas com audiobooks em 2024, Skeelo se consolida como um dos maiores players do mercado

    Segundo o primeiro “Mapa da Indústria de Áudio em Língua Portuguesa”, da Dosdoce.com, o Brasil é o responsável por mais de 95% das vendas de audiobooks nos países de língua portuguesa. Esse número se deve, principalmente, à diversificação das fontes de receitas da indústria de áudio por meio de parcerias estratégicas e novos modelos de negócio, como o B2B2C. Dentro desse âmbito, o Skeelo, plataforma e comunidade de leitura, vem se destacando ao registrar, só em 2024, 78 milhões de minutos consumidos no formato em seu aplicativo apenas em 2024.

    No total, o acervo da empresa ultrapassa a marca de 5 mil títulos em áudio, que estão distribuídos na Loja Skeelo, no clube de assinatura Leer+ e a todos que possuem o benefício oferecido por mais de 120 empresas, incluindo Vivo, Claro, UOL, Sem Parar, que disponibiliza uma sugestão de um livro digital ou audiobook por mês aos usuários, que pode ser aceita ou trocada por outra sem custos adicionais.  Hoje, a categoria representa 30% do consumo no app, que soma mais de 14,3 milhões de instalações e quase 1 milhão de acessos mensais.

    “Queremos democratizar o acesso e o consumo do livro como outros players fizeram com formatos como a música e o vídeo”, diz André Palme, Diretor de Marketing e Conteúdo do Skeelo. “O audiobook é um formato que se adapta muito bem à rotina mobile e digital, podendo entregar as melhores histórias de uma forma que se encaixa no dia a dia dos usuários”, completa.

    Coproduções com editorasO estudo da Dosdoce.com também revela que a indústria de áudio em língua portuguesa gera cerca de 30 milhões de euros por ano, movimentados principalmente a partir de cinco atividades: editoras (59%), estúdios que produzem conteúdos sonoros em português (26,5%), meios de comunicação (7,5%), empresas que oferecem serviços relacionados ao áudio (4%) e plataformas que comercializam conteúdos neste formato no Brasil (3%), como o Skeelo.

    Apesar de parecer um percentual pequeno, essa última categoria acaba sendo uma das maiores promotoras do setor por investir na produção de audiobooks via editoras. O próprio Skeelo é um exemplo disso, já que realiza coproduções com os maiores nomes do mercado editorial do país para publicar audiobooks. Além disso, todos os minibooks do acervo são disponibilizados tanto em texto quanto em áudio. 

    Dentre essas produções conjuntas, há destaques como: “Viver como uma campeã”, narrado por Kyra Gracie e publicado junto com a Ediouro; “Flores para Algernon”, escrito por Daniel Keyes, narrado por Ciro Sales e publicado ao lado da Aleph; e “O Alquimista”, produzido por Paulo Coelho, narrado por Beth Goulart e publicado com a Sant Jordi.

    Projeções para o mercadoPara os próximos anos, as perspectivas para os audiobooks são ainda mais otimistas. Essa tendência é reforçada pelo relatório “Audiobook Global Growth Report”, publicado pela Feira do Livro de Frankfurt, que projeta um crescimento de 10% para a indústria do entretenimento sonoro em todo o mundo até ao final desta década.

    “Acreditamos que o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores mercados globais de audiobooks”, afirma Palme. “O formato vem se tornando relevante para os brasileiros e tem o potencial de brigar pelos fones de ouvido junto com a música e os podcasts, por isso queremos contribuir para democratizá-lo e ampliar o seu alcance”, conclui.

    Cresce para 84% a porcentagem de empresas com dificuldades para contratar

    A última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) em 2024 revelou que 84% das empresas enfrentam dificuldades para contratar, um aumento de três pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Entre os profissionais responsáveis pelo recrutamento, 67% acreditam que o cenário permanecerá inalterado nos próximos seis meses, enquanto 28% projetam desafios ainda maiores.

    O ICRH, desenvolvido para monitorar a percepção de profissionais qualificados sobre o mercado de trabalho e a economia, registrou recuperação após dois trimestres de queda. Na 30ª edição, o indicador de confiança no cenário atual subiu 1,9 pontos. As expectativas para o futuro também melhoraram, embora o índice ainda permaneça na zona de pessimismo (abaixo de 50 pontos).

    “Esse avanço modesto reflete um cenário econômico que, embora apresente sinais de recuperação, ainda enfrenta desafios como instabilidade fiscal, juros altos e valorização do dólar. Nesse contexto, as empresas devem adotar critérios rigorosos para garantir que os novos talentos possuam as competências e a visão necessárias para o negócio decolar”, avalia Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

    Confiança no mercado de trabalho – consolidado (em pontos)

    MomentoDezembro 2023Março2024Junho2024Setembro2024Dezembro2024
    Situação atual38,239,438,938,039,9
    Próximos seis meses46,446,845,944,745,4

     
    O estudo também apresenta indicadores para as três categorias entrevistadas: profissionais responsáveis pelo recrutamento nas empresas, profissionais com emprego e profissionais sem emprego. A percepção do cenário atual melhorou na perspectiva dos três grupos, com destaque para recrutadores, cujo índice subiu 1,4 pontos. Em relação aos próximos seis meses, a redução do pessimismo se manteve entre recrutadores e profissionais empregados.

    Comparado ao mesmo período de 2023, todos os grupos demonstraram mais confiança no cenário presente. Porém, as expectativas para o futuro ficaram ligeiramente menos otimistas.

    Desemprego atinge novo patamar histórico

    Entre os fatores que impulsionam o indicador está a queda na taxa de desemprego, que atingiu o menor nível da série histórica no terceiro trimestre de 2024: 6,4% para a população geral e 3% entre profissionais qualificados (ambas com redução de 0,5 ponto percentual em relação ao período anterior).

    Conforme análise da Robert Half, o mercado de trabalho qualificado vive uma situação próxima ao pleno emprego. Profissionais com competências alinhadas às demandas do mercado tendem a permanecer pouco tempo desempregados, ou sequer na mesma companhia. 

    Esse cenário favorece a criação de novas vagas. O Guia Salarial Robert Half 2025 aponta que 44% das empresas brasileiras planejam abrir posições permanentes no próximo ano, enquanto 32% pretendem aumentar contratações temporárias para projetos de até seis meses.

    “Para atrair e reter talentos em um cenário competitivo, as empresas devem oferecer pacotes de remuneração e benefícios atrativos, investir em desenvolvimento profissional, criar ambientes psicologicamente seguros e atender, dentro do possível, às demandas por flexibilidade”, orienta Mantovani.

    Esses fatores, inclusive, foram indicados no ICRH 30 como motivos de preocupação para recrutadores ao pensar em 2025. Os cinco principais, segundo o estudo, são:

    • Imprevisibilidade econômica (56%)
    • Dificuldade para preencher as posições em aberto (37%)
    • Receio de perder profissionais-chave para outras empresas (35%)
    • Salários estagnados (35%)
    • Resultados aquém do esperado em 2024 (21%)


    Profissionais empregados ganham protagonismo

    As baixas taxas de desemprego aumentaram o protagonismo de profissionais empregados, especialmente aqueles focados no desenvolvimento contínuo em áreas de alta demanda. Os principais objetivos para 2025, segundo os entrevistados, incluem:

    • Desenvolvimento de habilidades (59%)
    • Crescimento financeiro e estabilidade (50%)
    • Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal (45%)
    • Avanço na carreira e promoções (34%)
    • Exploração de novas oportunidades de carreira (29%)


    Além disso, 61% dos empregados se sentem mais seguros quanto à estabilidade de seus postos, um aumento de cinco pontos percentuais. Sobre os próximos seis meses, 70% esperam manutenção do cenário atual, enquanto 24% acreditam em maior segurança no emprego.

    Desempregados sinalizam desafios

    Entre os desempregados, 34% acreditam que as chances de recolocação aumentarão nos próximos seis meses. Contudo, 31% permanecem pouco otimistas, citando dificuldades relacionadas à idade, preconceito ou discriminação, concorrência acirrada e falta de oportunidades em suas áreas de especialização como os principais desafios.

    “Para esses profissionais, o foco deve estar na educação continuada e no desenvolvimento de adaptabilidade. Buscar oportunidades de qualificação em linha com as tendências do mercado, manter uma rede de contatos ativa e estar aberto a novas experiências é extremamente importante. Ficar parado não é uma opção”, aconselha o diretor-geral da Robert Half.

    Como as tendências evoluem para soluções no varejo 

    O varejo vive uma revolução profunda, com uma transformação que reflete os desejos, expectativas e valores das pessoas em um mundo sempre em movimento. As lojas não são mais apenas lugares para compras, mas ambientes que constroem conexões e entregam experiências únicas. Nesse cenário altamente mutável, o verdadeiro desafio não está em somente acompanhar as tendências, mas em traduzir essas forças emergentes em soluções práticas e planos visionários. Em um mercado no qual a inovação precisa ser uma constante, quem dita o ritmo é quem ousa liderar as mudanças. 

    Empresas realmente inovadoras do setor utilizam as tendências como alavancas para se diferenciar e prosperar. E o apetite por inovação no Brasil é grande. Isso é evidenciado por dados que indicam que 48% dos varejistas brasileiros planejavam aumentar seus investimentos em transformação digital, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) de 2024. Nos destaques entre as iniciativas relacionadas à digitalização no relacionamento com o consumidor estavam a Inteligência Artificial e visão computacional, tecnologias cuja adoção vem sendo analisada há tempos. 

    A transição para o varejo experiencial, no qual os clientes priorizam vivência em vez de transações, levou a ambientes de compra mais envolventes. E companhias que já integraram de forma eficaz tendências como essa em suas estratégias não estão apenas reagindo às demandas do setor, mas liderando o mercado, conquistando novos consumidores e fidelizando os antigos. 

    As mudanças dessa indústria estão profundamente relacionadas às transformações demográficas. A chegada da Geração Z ao mercado de trabalho e, por consequência, ao de consumo, e o envelhecimento da população global, estão exigindo a adoção de novas abordagens. Para atender a esse novo contexto que se desenvolve e que traz novas expectativas para as jornadas de compras e potencialmente menos força de trabalho disponível, as empresas precisam usar inovações para melhorar a produtividade de suas operações e criar experiências de consumo mais tecnológicas.  

    Além disso, os consumidores estão com expectativas cada vez maiores em relação a valor, confiança e sustentabilidade. Muitos já optam por marcas próprias das varejistas devido à pressão econômica. A confiança continua sendo crucial para a fidelidade, e é preciso levar em consideração que jovens têm se mostrado resistentes a pagar preços mais altos por apenas alegações de sustentabilidade, exigindo provas concretas por meio de transparência e parcerias com marcas responsáveis. Isso representa mais um novo desafio para os varejistas, que precisam equilibrar práticas ecológicas com preços atrativos. 

    Apesar do alto nível das demandas, o segmento se mantém otimista, usando a tecnologia, especialmente a Inteligência Artificial, como um fator transformador para atender os clientes e melhorar suas operações. Neste sentido, os dados são aliados poderosos na adaptação e evolução, e ao serem gerenciados adequadamente, estão oferecendo vantagens competitivas enormes, por meio de funcionalidades avançadas que ajudam na antecipação das tendências e adaptação de estratégias em tempo real. 

    A Inteligência Artificial desempenha um papel central ao tornar dados brutos em insights valiosos para a tomada de decisões para atender aos anseios dos consumidores e dos negócios. À medida que os varejistas continuam a se digitalizar, a Inteligência Artificial se tornará progressivamente uma parte indispensável de seu modelo de atuação, apoiando também na manutenção da integridade de sistemas, a privacidade dos dados e a segurança. 

    O mercado de varejo necessita de soluções que ajudem na prevenção de fraudes – especialmente no autoatendimento, por meio de análises que utilizam IA na integração de imagens e dados. Essa união, além de aumentar a segurança, pode melhorar desde a personalização da experiência de compra até o aumento da eficiência operacional e a otimização de processos logísticos, resultando em operações mais ágeis e clientes mais satisfeitos. Software de reconhecimento de imagens alimentados por Inteligência Artificial integrados em terminais de self-checkout já são capazes de identificar produtos e verificar a idade do consumidor em compras restritas, otimizando o atendimento. Soluções baseadas em IA e visão computacional também ajudam a garantir que todos os itens sejam devidamente escaneados e pagos, assegurando as margens financeiras das empresas. Com essas ferramentas, não há limites para inovar.  

    Os varejistas que hesitam em implementar tecnologias disruptivas estão fadados a enfrentarem problemas críticos, pois a crescente demanda dos consumidores por conveniência, velocidade, qualidade e valor torna qualquer atraso na adoção um risco para a lealdade do cliente e a participação no mercado. A habilidade de antecipar e responder rapidamente às tendências emergentes é determinante para o sucesso. Em um ambiente sempre em renovação, aqueles que abraçam a modernização de suas atividades como uma constante seguirão liderando o futuro, superando as incertezas dos negócios e alcançando resultados expressivos. 

    Marcas da Edenred Brasil dedicam mais de 2 mil horas a treinamento interno voltado à experiência do cliente

    A Edenred, plataforma digital para serviços e meios de pagamento, comemorou a terceira edição da CX Week, semana em que a empresa propõe a pessoas colaboradoras uma série de ações voltadas à experiência do cliente. Ao todo, foram mais de 2 mil horas dedicadas ao evento, que contou com a participação dos times de Benefícios e Engajamento (Ticket), Mobilidade (Edenred Ticket Log, Edenred Repom e Taggy) e Soluções de Pagamentos e Novos Mercados, com a participação da marca Punto. “A CX Week de 2024 teve 30% a mais de participantes em relação ao ano passado, sendo uma importante oportunidade para que nossas pessoas colaboradoras possam entender melhor as necessidades dos clientes. O envolvimento de todas as áreas é fundamental para promovermos uma cultura centrada no cliente”, comenta Gilles Coccoli, presidente da Edenred Brasil.

    A CX Week 2024, que aconteceu em outubro, reforçou o valor da Edenred de Enriquecer Conexões para o bem e para sempre (Enrich Connections. For Good). “Estamos convencidos de que a satisfação das nossas pessoas colaboradoras com a Edenred impacta positivamente na experiência que proporcionam aos clientes em cada interação do dia a dia. Isso gera não apenas bons resultados no presente, mas também constrói um futuro em que a excelência se torna a norma. Neste contexto, a lealdade do cliente é conquistada não apenas por meio dos serviços que prestamos, mas pela experiência personalizada que proporcionamos”, explica o executivo.

    Na Ticket, rodas de conversas promoveram uma imersão para suas pessoas colaboradoras, a fim de conectá-las a empresas-clientes e usuários, que puderam relatar suas experiências com as soluções da marca. “Esta foi a atividade mais elogiada e com maior participação dos times, por proporcionar conexão e oportunidade de ouvir diretamente dos clientes a sua perspectiva sobre soluções e experiências com a marca”, comenta Coccoli. Outra ação foi o “CX Fone”, um telefone fixo, colocado na entrada do escritório, que tocava algumas vezes por dia. Ao ser atendido, ele convidava a pessoa a responder um quiz sobre CX, revelada um prêmio ou conectava uma ligação diretamente da central de atendimento, para entender como funciona o canal.

    A linha de negócios também contou com uma palestra de Marcone Siqueira, CEO e co-fundador da The Bakery, referência em estratégia e inovação corporativa, sobre como a inteligência artificial pode ser usada a favor da gestão dos novos modelos de trabalho, e da Suzie Clavery, Chief Human Resources Officer para a América Latina na Total Pass, que abordou a importância de se ter um colaborador engajado, ações que podem ser implementadas na empresa com esse objetivo e como ter um time interno feliz reflete na experiência positiva do cliente externo.

    A linha de negócios de Mobilidade usou o mote “Conexões que Inspiram” e apostou, ao longo da semana, em uma mesa redonda para reforçar com o time a importância da experiência do cliente e o impacto que ter as pessoas no centro do negócio exerce no resultado da empresa, além das métricas para acompanhar as ações de CX e EX e os desafios dessas relações. Também realizou uma atividade que revisitou com as pessoas colaboradoras toda a estrutura dos negócios, do mapeamento do perfil dos clientes aos cases de sucesso e realizou dinâmicas de perguntas e respostas com o objetivo de enraizar nas pessoas o conceito de centralidade no cliente.

    Em parceria com a The Bakery, o time de Mobilidade também promoveu palestras que abordaram temas como: o cenário da experiência do cliente como um modelo mais tangível, e as lições aprendidas com a implementação de CX em produtos/serviços. “A liderança trabalha o tema diariamente, fortalecendo a cultura para o time interno no dia a dia, mas é muito importante termos esse tempo especialmente dedicado ao assunto, quando todo mundo se debruça sobre os cases, promove debate, tira dúvidas, aprende com os desafios. A empresa e os profissionais só têm a ganhar com a iniciativa”, conta o presidente da Edenred Brasil.

    Em Soluções de Pagamentos e Novos Mercados, o time da Punto se dedicou a ações de incentivo aos times comercial e de atendimento, premiando as pessoas colaboradoras que tiveram a melhor nota de NPS de atendimento durante o mês de outubro, visando reforçar a importância de um atendimento de excelência. Além disso, a marca convocou os demais times a se tornarem do comercial por um dia, por meio de ligações com clientes para avaliar e entender as percepções do que poderia ser aprimorado. Em uma das ações, pessoas que trabalham em um parceiro logístico da Punto também tiveram a oportunidade de entrar em contato direto com clientes da marca para captarem suas percepções sobre o recebimento de maquininhas e primeiros contatos com os terminais.

    Microsoft Brasil anuncia Innovation Hub, espaço dedicado a clientes que buscam inovação e transformação digital

    A Microsoft Brasil anuncia o Innovation Hub, um espaço físico localizado no escritório da empresa, em São Paulo, voltado a apresentar aos clientes da empresa as soluções inovadoras desenvolvidas pela Microsoft e como aplicá-las nos seus negócios. A iniciativa é uma evolução do Microsoft Technology Center (MTC) e oferece workshops, hackathons e demonstrações práticas do uso de tecnologias avançadas de inteligência artificial (IA), IoT, serviços cognitivos, entre outras.  

    Atualmente, a Microsoft conta com mais de 40 hubs ao redor do mundo para atender principalmente empresas com estrutura de tecnologia e operações complexas. Clientes de diversos setores do país, como Finanças, Telecomunicações e Varejo já passaram pelo espaço e utilizam tecnologias que foram desenvolvidas para atender demandas específicas de suas operações.

    Para comandar essa estrutura, a Microsoft Brasil anuncia Marcondes Farias como líder do Innovation Hub. Com mais de 15 anos de empresa, Marcondes já atuou em diversas posições de liderança, como gerente de projetos, diretor de desenvolvimento de negócios e diretor de transformação digital. 

    De acordo com Marcondes, o Innovation Hub representa uma janela de trocas de experiências entre as empresas e a Microsoft. “O espaço vai além de um centro de inovação, trata-se de um local para clientes, parceiros e funcionários se manterem atualizados sobre iniciativas estratégicas e compreenderem a amplitude das nossas ofertas”, explica.  

    O espaço passa constantemente por remodelagens para incorporar novas tecnologias e proporcionar experiências imersivas aos clientes, como o Innovation Factory e o uso de IA em hackathons e sessões de desenho de arquitetura, por exemplo. Tecnologias de serviços cognitivos como processamento de fala também são apresentadas no hub. 

    O Innovation Hub tem como objetivo oferecer ainda mais foco às demandas de negócios de cada cliente por meio de uma estrutura que permite demonstrar os resultados práticos obtidos a partir do uso dessas tecnologias. “Criamos um ambiente colaborativo para que nossos parceiros possam explorar e implementar tecnologias emergentes que impulsionem seus negócios para o futuro”, afirma Marcondes. 

    Meli e NU lideram influência digital, revela pesquisa do TEC Institute e MIT Tech Review

    TEC Institute, em parceria com a MIT Technology Review Brasil e a Bendita Imagem, agência de Relações Públicas, lançaram nesta segunda-feira (16), o estudo Radar de Influência Digital. A pesquisa analisou quais são as marcas com maior influência digital, segundo os consumidores, destacando os métodos de interação mais utilizados e a frequência com que esses contatos ocorrem.

    As cinco empresas mais citadas pelos entrevistados foram: Mercado Livre (1026 pontos), em primeiro lugar. Seguido por Nubank (747), Google (702), Amazon (696) e Netflix (639). Os motivos para essas marcas serem as mais escolhidas foram: conteúdo relevante e atrativo, respostas rápidas e eficientes, comunicação personalizada e variedade de produtos e serviços. 

    Ao todo, mais de 350 marcas foram citadas e nenhuma atingiu 70% das escolhas, o que segundo o CEO da MIT Technology Review, Andre Miceli, significa que: “O mercado é muito competitivo e existem múltiplas opções relevantes na mente dos consumidores. Esse número expressivo, além de refletir a grande diversidade e fragmentação do mercado digital no Brasil, também indica que os consumidores têm percepções e preferências variadas. Abrangendo desde grandes players reconhecidos nacionalmente até marcas de nicho ou regionais que se destacam em contextos específicos”, analisa o executivo.

    A pesquisa também mostrou qual é a forma mais utilizada pelos consumidores para interagirem com as empresas. A mais comum foi “usando os produtos diariamente”; seguida por “comprando os produtos/serviços online”; “através das redes sociais” ficou em terceiro, “visitando o site da marca”, em penúltimo; e “via aplicativo” na última posição.  Quanto à frequência de contato com a empresa, a maioria fala “ocasionalmente (1-3 vezes por semana)”.  “Raramente (1 vez por semana)” vem na segunda posição.  “Muito frequentemente (mais de um dia)” em terceiro; “frequentemente (uma vez ao dia)” em quarto e “nunca”, em último lugar. 

    “O consumidor brasileiro interage com as marcas de forma ocasional, mas relevante, seja por meio de compras online, uso de aplicativos ou redes sociais. Essa frequência moderada, mas constante, demonstra a importância do digital como um canal de relacionamento direto”, explica Augusto Pigini, Diretor de Operações da Bendita Imagem.

    Recorte regional difere do nacional

    Olhando o recorte regional, é possível observar que as percepções dos brasileiros diferem de um lugar para o outro.  A Amazon, que é a quarta colocada no ranking nacional, aparece em primeiro nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte. No Nordeste e Sul, a liderança é do Mercado Livre.

    Outro ponto que difere é a aparição de marcas como Nike (2º), Apple (4º) e iFood (5º) no top 5 da região Centro-Oeste. 

    Confira as cinco marcas mais citadas nas regiões do Brasil:

    Centro Oeste: Amazon (1º), Nike, Nubank, Apple e iFood.

    Nordeste: Mercado Livre (1º), Google, Amazon, Nubank e Netflix

    Norte: Amazon (1º), Mercado Livre, Google, Nubank e Netflix

    Sudeste: Amazon (1º) Mercado Livre, Google, Nubank e Netflix

    Sul: Mercado Livre (1º), Nubank, Amazon, Google e Netflix

    “Analisando o estudo, percebemos que o mercado digital é altamente fragmentado, competitivo, dinâmico e com diversas marcas disputando a preferência dos consumidores e espaço para inovação e diferenciação em todas as regiões do país”, analisa Miceli, que completa:  “Não há uma marca que domine o cenário digital completamente, entretanto, um fator nos chamou atenção. O Mercado Livre mostrou uma força digital consistente, sendo lembrado por consumidores de diferentes regiões e faixas etárias. Isso reflete não apenas sua abrangência, mas também sua relevância no dia a dia dos brasileiros”.

    Veja aqui outros insights sobre a pesquisa Radar de Influência Digital:

    • Lembrança do consumidor não tem a ver com capacidade de inovação

    Estar entre as 10 marcas mais lembradas, não há uma correlação direta entre influência digital e inovação. A percepção de inovação entre as marcas mais lembradas não é dominante, sugerindo que há espaço para trabalhar este atributo como diferencial competitivo. 

    • Destaque consistente

    Marcas como Mercado Livre aparecem em todas as posições (primeira, segunda e terceira), o que indica que elas têm um reconhecimento generalizado e não estão limitadas a uma posição específica. Isso sugere força de marca consistente.

    • Liderança em primeira posição

    Algumas marcas, como Nubank e Google, têm uma presença mais destacada na primeira posição do que em outras. Isso pode significar que são lembradas como líderes ou pioneiras em sua área, especialmente por características marcantes como inovação ou proximidade com o consumidor.

    • Força em posições secundárias

    Amazon se destaca mais na segunda posição do que na primeira, o que pode indicar que é lembrada como uma forte concorrente, mas talvez não como a principal marca para muitos.

    • Flexibilidade das marcas

    Netflix aparece de forma equilibrada entre as posições, o que pode indicar que é lembrada tanto como líder (primeira posição) quanto como uma alternativa relevante (segunda e terceira posições).

    • Estratégias diferenciadas

    A análise pode revelar a necessidade de ajustar estratégias de marca. Por exemplo:

    • Marcas mais fortes na primeira posição (como Google) podem trabalhar para fortalecer sua presença em posições secundárias, aumentando o alcance.
    • Marcas que aparecem mais em posições secundárias (como Amazon) podem focar em diferenciais que as tornem lembradas como líderes.
    • Contexto de liderança por categoria

    Mercado Livre lidera em todas as posições, mas seu equilíbrio sugere que não domina de forma absoluta. Essa presença diversificada indica um reconhecimento geral como “top of mind” em diferentes contextos, talvez mais pela abrangência do que por inovação em si.

    Marcas como Nubank e Google, que têm mais força na primeira posição, são vistas como líderes diferenciadas e podem estar ligadas a atributos específicos, como inovação tecnológica (Google) ou proximidade com o consumidor (Nubank).

    • Posicionamento competitivo

    Amazon aparece mais na segunda posição, indicando que é competitiva, mas talvez ainda esteja superada por outra marca na percepção inicial dos consumidores. Pode ser uma oportunidade de estratégia para aumentar sua lembrança principal (primeira posição).

    •  Relevância de marcas de nicho

    Netflix aparece equilibrada em todas as posições, o que sugere uma força constante, mas não dominância. Essa presença pode ser ligada à sua atuação como uma marca de nicho (entretenimento), o que a mantém relevante, mas não necessariamente a coloca no topo de todas as listas.

    • Oportunidade para novas estratégias

    Algumas marcas que aparecem mais em posições secundárias e terciárias podem ter espaço para crescer, especialmente se focarem em estratégias que as posicionem como líderes:

    • Melhorar sua percepção de inovação.
    • Investir em campanhas de “awareness” que as associem ao topo da mente dos consumidores.

    Metodologia aplicada

    O Radar de Influência Digital das empresas, que ouviu mais de 400 pessoas no Brasil inteiro, durante o mês de novembro de 2024, utilizou um sistema de pontuação (5, 3 e 1 ponto) para classificar as marcas de acordo com sua posição na lembrança dos participantes. Os consumidores foram convidados a citar até três marcas que consideram ter uma forte presença digital em um formulário online. Na hora de responder a perguntas sobre o porquê da escolha da empresa e sobre a sua frequência de interação, a escala Likert (de 1 a 5) foi usada para obter os resultados. 

    O objetivo do levantamento foi compreender os fatores que levam ao destaque digital das marcas, a percepção de inovação e o comportamento de interação dos consumidores. Além disso, os entrevistados justificaram suas escolhas, informaram seus métodos e frequência de interação com as marcas e avaliaram sua percepção de inovação.

    ServiceNow dá boas-vindas ao Federico Grosso como Vice-Presidente do Grupo para a América Latina

    ServiceNow, a plataforma de IA para transformação de negócios, anunciou recentemente a nomeação de Federico Grosso como vice-presidente do grupo para a América Latina, a partir de 9 de dezembro de 2024. Ele traz mais de 20 anos de experiência em tecnologia empresarial e liderança regional para a função, tendo liderado equipes de vendas pan-regionais, operações de entrada no mercado e crescimento em novos mercados.

    Antes de ingressar na ServiceNow, Grosso ocupou posições proeminentes de liderança e gerenciamento sênior, mais recentemente atuando como presidente da Adobe para a América Latina, onde passou mais de uma década construindo e gerenciando os negócios de alto crescimento e escalando as operações em toda a América Latina.  

    “Estamos entusiasmados por ter Federico liderando e ampliando nossa equipe em uma das regiões de crescimento mais rápido da ServiceNow”, disse Tom Hannigan, presidente das Américas da ServiceNow. “Federico tem um histórico comprovado de condução de empresas inovadoras e líderes de mercado para alcançar resultados excepcionais. Ele traz uma profunda experiência e um espírito colaborativo e orientado para resultados, juntamente com uma paixão inabalável para tornar os clientes bem-sucedidos e ultrapassar os limites do que é possível.”

    Nessa função, Federico será responsável por acelerar o crescimento da empresa, criando um valor mais profundo para os clientes existentes e impulsionando a adoção dos clientes em uma série de setores na região da América Latina, especialmente porque as organizações estão procurando parceiros especializados para ajudar a acelerar suas jornadas de IA e impulsionar os esforços de transformação digital. Ele ficará alocado em São Paulo, no Brasil.

    A ServiceNow continua expandindo a sua presença na América Latina. A empresa anunciou recentemente a expansão de seu escritório em San Jose, na Costa Rica, e o compromisso de aumentar o número de funcionários locais. A equipe da ServiceNow na América Latina cresceu mais de 85% nos últimos dois anos, e a empresa continua a contratar ativamente para uma variedade de funções em tecnologia da informação, operações de vendas, finanças e muito mais para apoiar o crescimento regional.

    “A ServiceNow é uma das empresas de crescimento mais empolgantes e inovadoras do mundo. Estou entusiasmado e privilegiado por ter a oportunidade de liderar os negócios na América Latina durante um momento tão importante na trajetória da empresa”, disse Federico Grosso, vice-presidente do grupo para a América Latina da ServiceNow. “Com o poder de nossa plataforma e inteligência artificial, temos uma tremenda oportunidade de não apenas ajudar nossos clientes a otimizar suas operações, mas também de reimaginar o que é possível para seus negócios em todos os setores. Juntos, vamos desbloquear novos potenciais, elevar as experiências de clientes e funcionários e moldar o futuro do trabalho em toda a região.”

    Sorte Online paga outorga de R$30 milhões e avança mais uma etapa para atuar no mercado de apostas brasileiro

    O mercado brasileiro de apostas esportivas está passando por uma transformação histórica com a regulamentação prevista pela Lei 14.790/2023. Com um volume de apostas que já ultrapassa R$ 120 bilhões por ano, de acordo com dados da XP Investimentos, o Brasil caminha para se consolidar como um dos maiores mercados globais do setor, atraindo gigantes nacionais e internacionais. Entre os nomes a dar mais um passo para garantir a licença está a Sorte Online, empresa brasileira pioneira em intermediação digital de loterias com mais de 21 anos de experiência e que faz parte da holding Levante.

    A companhia vem cumprindo todas as exigências do governo brasileiro para seguir operando no país, sob o novo marco regulatório, a partir de 1º de janeiro. Com o pagamento de R$ 30 milhões pela outorga, além de um depósito adicional de R$ 5 milhões como garantia da operação, a marca dá mais um passo para operar no mercado regulamentado por 5 anos. O recurso é destinado a cobrir eventuais obrigações futuras, como pagamentos a apostadores, reforçando a segurança e a confiança no mercado.

    Para obter a licença, as empresas devem passar por um criterioso processo de análise conduzido pelo Ministério da Fazenda. Os requisitos vão desde a comprovação de idoneidade até a qualificação técnico-financeira, incluindo a implementação de mecanismos avançados de segurança, como reconhecimento facial e exclusividade de transações financeiras por Pix, TED ou cartão de débito. 

    Além disso, apesar do avanço com o pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU), que só pode ser realizado no Banco do Brasil, o processo não se limita apenas ao pagamento. As empresas têm até 30 dias para concluir a transação, sob pena de perderem a posição na fila e precisarem reiniciar todo o processo. 

    “A regulamentação exige uma estrutura financeira robusta e uma operação bem estruturada. Esse pagamento não é apenas um marco, mas um reflexo do compromisso em operar com segurança, transparência e responsabilidade. A adequação às regras do Banco Central são indispensáveis para garantir a conformidade com o marco regulatório”, destaca Marcio Malta, CEO da Sorte Online.

    Com a regulamentação, o Brasil se prepara para se tornar um dos maiores centros de apostas regulamentadas do mundo. Para se ter uma ideia, o setor atrai cada vez mais investimentos e conta com uma arrecadação tributária projetada em R$ 20 bilhões já no próximo ano.

    “O Brasil representa uma das maiores oportunidades globais para o setor de loterias e apostas. Estamos comprometidos em trazer ao país as melhores práticas internacionais, garantindo transparência, inovação e um ambiente seguro para os apostadores”, conclui.

    PayPal e Eventim alcançam marcos importantes no Brasil, reduzindo chargebacks em 73% e aumentando a aprovação de transações em 17%

    PayPal, líder global em pagamentos comerciais, e Eventim, maior fornecedora de serviços de bilhetagem da Europa e segunda maior do mundo, celebram resultados impressionantes com a adoção do PayPal Braintree, uma solução de pagamentos para empresas. A Eventim alcançou marcos significativos no Brasil, registrando uma redução de 73% nos chargebacks e um aumento de 17% no volume de transações aprovadas. “Esta é a primeira vez que alcançamos esses resultados desde o início de nossas operações no país, em 2016”, afirmou Jorge Reis, CEO da Eventim no Brasil. 

    Esse desempenho reflete o sucesso da Eventim em enfrentar a crescente demanda no setor de entretenimento e eventos, que vive um momento de expansão recorde. No primeiro semestre de 2024, o mercado de eventos e entretenimento brasileiro movimentou R$ 64 bilhões, atingindo o melhor resultado registrado desde 2019, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Eventos (Abrape). 

    A parceria com o PayPal foi estratégica para acompanhar o aumento da demanda, o avanço do mercado de pagamentos no Brasil e garantir segurança e agilidade nas transações baseadas em grandes eventos. 

    “Estamos dedicados a oferecer soluções de pagamento de ponta que aprimoram a experiência do cliente corporativo, proporcionando processamento de transações seguro, transparente e ágil — especialmente para operações de alta demanda como a da Eventim”, explica Brunno Saura, Head de Vendas do PayPal Brasil. “Nossas plataformas aproveitam tecnologias avançadas para simplificar os processos de aprovação, otimizar as taxas de autorização de cartões de crédito e implementar medidas de prevenção de fraudes líderes do setor. Esse compromisso garante que cada transação — independentemente da escala — seja eficiente, segura e personalizada para atender às necessidades em constante evolução de empresas de todos os tamanhos.” 

    De acordo com Jorge Reis, a parceria estratégica com o PayPal foi fundamental para aprimorar a segurança da plataforma e gerar melhores resultados. “A integração entre o PayPal e nossas equipes de tecnologia no Brasil e nossa sede na Alemanha permite ajustes contínuos e precisos para enfrentar as ameaças dinâmicas de fraude”, diz Reis. “Essa colaboração perfeita entre nossos processos, tecnologia e infraestrutura é fundamental para garantir o sucesso de nossa plataforma durante períodos de alta demanda, como vendas de ingressos de grande volume para grandes shows e eventos culturais. As tecnologias avançadas de segurança do PayPal e o suporte responsivo têm sido cruciais para otimizar nosso desempenho e proteger nosso negócio.” 

    Com essa abordagem inovadora, a Eventim segue comprometida em oferecer uma experiência de compra memorável e segura, conectando as pessoas a experiências únicas em todo o país. 

    Novas Tecnologias e Seus Impactos nas Relações de Consumo: Propostas para Garantir Direitos no E-commerce, Aplicativos e Inteligência Artificial

    A evolução tecnológica tem alterado significativamente as relações de consumo, ampliando o acesso a produtos e serviços e promovendo maior comodidade ao consumidor. Contudo, essa transformação não ocorre sem desafios, sobretudo no que diz respeito à proteção de direitos em um ambiente de constante inovação. O comércio eletrônico, os aplicativos e a inteligência artificial não apenas redefiniram a interação entre consumidores e fornecedores, mas também exigem a adaptação de normas, mecanismos de fiscalização e educação digital. Este artigo explora os impactos dessas tecnologias e apresenta propostas concretas para garantir a proteção do consumidor.

    E-commerce: Expansão e Riscos nas Relações Digitais

    O e-commerce, principalmente após a pandemia de COVID 19, consolidou-se como uma das principais formas de comércio, oferecendo praticidade e uma vasta gama de opções. Porém, os consumidores enfrentam desafios específicos nesse ambiente.

    Os fornecedores devem garantir que as informações sobre produtos e serviços sejam claras, completas e acessíveis, em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) o que nem sempre ocorre nos sites e aplicativos que oferecem produtos e serviços.

    Para aprimorar as relações de consumo on line entendemos que é premente o desenvolvimento de normas específicas para a descrição de produtos em plataformas digitais, com exigências sobre qualidade de imagem e detalhamento técnico. Por sua vez, é importante contar com a fiscalização ativa por parte de órgãos de defesa do consumidor, utilizando ferramentas de análise automatizada para monitorar sites e identificar irregularidades.

    Quanto ao direito de arrependimento, embora haja previsão legal os consumidores muitas vezes enfrentam dificuldades práticas, como custos inesperados de devolução ou resistência de fornecedores. Com vistas a mitigar tais dificuldades algumas propostas seriam benéficas, entre elas:

    • Regulamentação específica para o direito de arrependimento em compras digitais, incluindo a obrigação de que os custos de devolução sejam previamente informados.
    • Criação de selos de conformidade para plataformas que implementem políticas de devolução claras e justas.
    • Incentivo ao uso de ferramentas digitais para automatizar processos de devolução e reembolso, aumentando a transparência e reduzindo o tempo de espera.

    É fato que o crescimento do e-commerce levou ao aumentou dos casos de fraudes e vazamento de dados. A proteção ao consumidor nesse contexto requer a aplicação rigorosa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e mecanismos de segurança digital, exigindo-se que as empresas invistam em sistemas mais robustos e em parcerias entre órgãos públicos e empresas para o desenvolvimento de campanhas educativas sobre segurança em transações digitais.

    Aplicativos: Praticidade e Novos Desafios Jurídicos

    Os aplicativos de serviços (como transporte, delivery e hospedagem) ampliaram a oferta e acessibilidade de serviços, mas também criaram relações mais complexas entre consumidores, plataformas e fornecedores

    Frequentemente, as plataformas  alegam atuar apenas como intermediárias na tentativa de se eximirem de responsabilidade, mas os consumidores muitas vezes não têm clareza sobre quem deve ser responsabilizado em casos de falhas.

    Para evitar tais alegações é importante que as normas vigentes reforcem a responsabilidade solidária entre plataformas e fornecedores, especialmente em setores como transporte e delivery.

    O uso de precificação dinâmica em aplicativos, como transporte e hospedagem, pode levar a práticas abusivas se não for devidamente regulado, e por isso deveria ter maior fiscalização.

    Quanto aos sistemas internos de resolução de conflitos, oferecidos pelas plataformas, muitas vezes carecem de transparência e imparcialidade e se tornam pouco efetivos. Para aprimorar estes mecanismos, seria necessário melhorar a transparência, imparcialidade e a garantia de acesso ao Poder Judiciário.

    Tendo este artigo se estendido nestas questões abordaremos o tema da IA e educação e letramento digital na 2ª parte deste artigo.

    2ª. parte do artigo

    Na 1ª parte do presente artigo debatemos acerca da expansão do comércio on line via e-commerces e aplicativos digitais, sugerindo algumas medidas para aprimorar as garantias dos consumidores.

    Nesta 2ª parte do artigo iremos discutir sobre uma novidade que tem potencial para causar uma verdadeira revolução em vários aspectos das relações sociais e de consumo, a IA. Como ela já está impactando o dia a dia dos consumidores e quais as medidas devemos adotar para mitigar os danos.

    Inteligência Artificial: Oportunidades e Riscos no Consumo

    Certo é que a inteligência artificial está transformando a experiência de consumo, permitindo personalização, automação e maior eficiência. Contudo, também apresenta riscos significativos. Entre os mais importantes estão os relacionados à discriminação algorítmica, a falta  de privacidade e responsabilidade por decisões automatizadas, como já vimos em casos que se espalham pelo mundo.

    Assim, o uso de IA pode gerar discriminação, mesmo que não intencional, prejudicando consumidores com base em perfis criados a partir de dados. Por isso é importante a implementação de auditorias obrigatórias para algoritmos utilizados em serviços de consumo, com foco na prevenção de discriminação e práticas abusivas. A criação de um órgão regulador especializado em IA no consumo, ou a ampliação da competência da ANPD, seria bastante salutar, visando estabelecer padrões éticos e técnicos para o uso de IA.

    E por falar na ANPD, a LGPD prevê o direito à revisão humana em decisões automatizadas que impactem os consumidores, mas a aplicação prática desse direito ainda é limitada.

    Portanto, é de grande importância que todas as plataformas que utilizem IA informem claramente ao consumidor quando suas decisões forem automatizadas, permitindo a solicitação de revisão humana de modo mais simples e prático.

    Em situações de danos causados por IA, a atribuição de responsabilidade ainda é um desafio que foge às regras do direito civil, e mesmo do direito do consumidor. Esta é uma realidade não prevista pelo legislador e merece uma análise e disciplina específica.

    Necessário se faz o estabelecimento de normas específicas sobre responsabilidade civil em casos de danos causados por IA garantindo que o fornecedor seja responsabilizado independentemente de culpa.

    Já em casos em que haja consumidores afetados por danos de larga escala causados por falhas de sistemas de IA, podemos avaliar a criação de fundos de compensação coletiva para indenização daqueles que forem prejudicados.

    As mudanças ocorridas nos últimos anos nos levam a repensar as relações de consumo com o padrão até hoje estabelecido, se a atual regulação atende aos novos desafios e quais as medidas e políticas públicas devem ser tomadas para trazer mais segurança e transparência para os consumidores.

    Neste sentido, propostas de longo prazo devem ser implementadas. Entre elas a promoção da educação financeira e para o consumo. Promover a conscientização sobre direitos e riscos no consumo digital também é essencial.

    Assim, seria importante o desenvolvimento de programas nacionais de educação digital, incluindo cursos e materiais educativos sobre segurança, privacidade e direitos do consumidor.

    Por outro lado, o poder público deve acompanhar continuamente o impacto das tecnologias e propor atualização das normas através dos órgãos de defesa do consumidor, com foco exclusivo em e-commerce, aplicativos e IA.

    O uso de tecnologia para monitorar práticas de mercado pode fortalecer a proteção ao consumidor, evitando e coibindo  práticas abusivas, identificando padrões de violação de direitos em larga escala.

    O avanço tecnológico pode e deve ser um aliado na construção de relações de consumo mais justas, transparentes e acessíveis. Contudo, a proteção do consumidor exige ações concretas por parte do legislador, do Judiciário, de órgãos de defesa e das próprias empresas. A implementação das medidas propostas neste artigo pode não apenas mitigar os riscos associados às novas tecnologias, mas também transformar o Brasil em referência global na proteção ao consumidor no ambiente digital.