Os acordos exigem a formalização em contratos, os quais são documentos com inúmeras informações e cláusulas a serem cumpridas pelas partes envolvidas. Quando uma delas é corrompida, isso pode gerar um processo judicial. Contudo, para não infringi-los é preciso conhecê-los nos mínimos detalhes. Assim, a inteligência artificial (IA) é uma ferramenta utilizada para manter a transparência.
Não use as “letras miúdas”, manter a transparência em um acordo é lei!
As letras miúdas são as informações colocadas em um documento com menos destaque, ou seja, podem estar escritas, principalmente, em tamanho menor. “Quando o conteúdo fica “com menos destaque”, ainda mais em um texto de muitas páginas, como um contrato, ele tende a passar despercebido pela nossa leitura. Contudo, isso não classifica o termo como irrelevante. Afinal, se está lá, deve sim ser lido”, alerta Carlos Henrique Mencaci, CEO da Digital Helper + Assine Bem.
No Código de Defesa do Consumidor – CDC, por exemplo, o artigo 46 esclarece a obrigatoriedade das empresas em contribuírem com a compreensão do assinante. Assim, a prática de incluir dados com menos clareza ou “apagados”, vão diretamente contra a lei. “A transparência com o público é uma atitude indispensável para qualquer empresa, especialmente quando envolve relações comerciais ou trabalhistas”, reforça o executivo.
A inteligência artificial auxilia as empresas a manterem a transparência nos contratos!
Conforme uma pesquisa da Universidade de Stanford, 97% das pessoas não leem os contratos ou termos com os quais concordam! “Quando as organizações observam práticas ruins no mercado, devem também reparar esse tipo de costume. A ausência de conhecimento sobre as regras acordadas tende a ser um prejuízo não só para o indivíduo desinformado, como para a entidade. Afinal, ele retornará com dúvidas constantes, ou até mesmo, o descumprimento do acordo. Logo, vale contribuir com mecanismos para ampliar a compreensão sobre os documentos”, pontua Mencaci.
Nesse contexto, a IA tem se mostrado uma tecnologia aliada para otimizar processos, como a própria leitura. “A IA da Digital Helper + Assine Bem é integrada ao sistema de rubrica digital. Antes de firmar uma negociação, as pessoas envolvidas podem utilizá-la para resumir os textos ou fazer perguntas pontuais do conteúdo. Isso é uma alternativa para facilitar o acesso à informação para quem não dá atenção às cláusulas contratuais”, acrescenta o especialista.
A inteligência artificial é uma tendência, por que aderir à dinâmica da empresa?
Um estudo encomendado pela Microsoft para a Edelman Comunicação, mostra como as MPMEs (micro, pequenas e médias empresas), estão passando pela transformação digital e qual papel a IA está desempenhando em seus negócios. Segundo os números, 74% das entrevistadas estavam usando a IA sempre ou muitas vezes, já 90% delas buscavam adotar essa tecnologia.
A aplicação dessa tendência tornou-se fundamental para qualquer negócio. “É inegável o potencial da automação proporcionado pela IA. Isso, de fato, eleva a produtividade, amplia os resultados e a capacidade estratégica das instituições. No entanto, diante de tanta inovação disponível para a implementação, a avaliação das necessidades é um passo indispensável”, diz o empresário.
Para as companhias ainda em processo de mudança, ou com a intenção de potencializar a corporação, olhar para os detalhes é a dica do CEO. “Integrar IA em procedimentos considerados simples, como uma assinatura, tende a modernizar a entidade. Essa atitude incentiva um olhar eficiente para as necessidades do público e da companhia. Dessa forma, as novas ferramentas são exploradas por completo”, finaliza o especialista.