A volatilidade das redes sociais tem despertado a atenção de empresas e criadores de conteúdo sobre a importância de diversificar os canais de comunicação. Com as mudanças constantes nos algoritmos e políticas das plataformas, a entrega de conteúdo nas redes sociais tem se tornado cada vez mais desafiadora. De acordo com dados do Hootsuite, em 2024, o alcance orgânico médio nas redes sociais é de apenas 5%, pressionando marcas a depender de publicidade paga para garantir visibilidade.
Diante desse cenário, a utilização de newsletters tem se consolidado como uma alternativa eficaz para minimizar a dependência das redes. Ao construírem uma base de assinantes direta e segmentada, as empresas e criadores de conteúdo conseguem manter o controle sobre a distribuição de suas mensagens, sem estar à mercê da volatilidade dos algoritmos, proporcionando maior controle, estabilidade e oportunidades de monetização direta.
Segundo Fabio Jr. Soma, especialista em inovação e criador do Método M.A.G.O., que auxilia empreendedores e criadores de conteúdo a obterem sucesso com suas newsletters, a construção de um canal próprio de comunicação oferece maior previsibilidade e segurança para as marcas. “O poder das newsletters está na capacidade de criar uma conexão mais genuína com o público, enviando conteúdo relevante e oportuno diretamente para a caixa de entrada. Isso fortalece a confiança, facilita a criação de um vínculo duradouro e reduz a dependência das grandes plataformas”, explica.
Maior controle sobre o conteúdo e a audiência
Um dos maiores benefícios é a proximidade que elas oferecem no relacionamento com a audiência, permitindo uma comunicação mais direta e personalizada. Para o especialista, a personalização do conteúdo é uma das principais vantagens. “As ferramentas de disparo permitem que os criadores segmentem suas listas de inscritos, enviando mensagens adaptadas às preferências e comportamentos de cada grupo”, ressalta.
Esse nível de individualização é mais difícil de alcançar nas redes sociais, onde o conteúdo é entregue de forma generalizada ou dispersa, mesmo quando paga e segmentada. “Com as newsletters, você tem total controle sobre o conteúdo, o formato e a frequência com que interage com sua audiência, que tende a se tornar cada vez mais engajada, o que aumenta as chances de retenção e conversão”, afirma Soma.
Relacionamento direto e independência
As redes sociais possuem políticas rígidas sobre como as empresas podem se comunicar, especialmente em conteúdos pagos. Por outro lado, as newsletters garantem que as empresas não só tenham acesso direto ao público, como também a dados relevantes para medir o engajamento e ajustar suas estratégias. Ferramentas dinâmicas que permitem a criação de listas de e-mails segmentadas e a automação de envios – como como Substack, Beehiiv e ConvertKit, por exemplo – têm sido essenciais para essa transição de empresas e criadores de conteúdo que buscam mais independência.
De acordo com Soma, essa autonomia e estabilidade são fundamentais para o crescimento e sucesso a longo prazo. “Os criadores e equipes de marketing de conteúdo precisam construir uma base sólida de contatos, criando uma relação direta com seu público. Isso não só minimiza os riscos de depender exclusivamente das redes sociais, mas também abre novas oportunidades de monetização e fidelização. Não importa o que aconteça nas redes sociais, você sempre terá seu mailing”, destaca.
Uma tendência crescente no marketing digital
Um estudo da Litmus revelou que o retorno sobre investimento (ROI) médio das campanhas de e-mail marketing é de 36:1, superando plataformas como Facebook e Instagram. Além disso, o e-mail é considerado um canal mais confiável por 72% dos consumidores, segundo pesquisa da Data & Marketing Association, reforçando a eficácia dessa estratégia.
Dessa forma, ao desenvolverem estratégias inteligentes de e-mail marketing, as companhias estarão melhor posicionadas para enfrentar as incertezas das redes e continuar construindo um relacionamento sólido com seus clientes. “O futuro do marketing de conteúdo está na independência e no controle. Aqueles que investirem em canais próprios, como as newsletters, estarão à frente na corrida pela atenção e lealdade dos consumidores”, conclui Soma.