Em 2025, números já não serão suficientes para o marketing e o foco passa a ser a comunidade. Não se trata mais de alcançar seguidores ou curtidas, mas de criar laços genuínos e duradouros. A Meta, gigante da tecnologia, destacou essa estratégia como a principal aposta para o futuro durante seus eventos e relatórios recentes. Construir identidade é o diferencial das marcas que desejam ir além do mercado e ocupar um espaço único na vida de seus públicos. “Essa tendência representa um movimento transformador. Enquanto seguidores vêm e vão, esses grupos permanecem. Eles defendem, engajam e crescem junto com as marcas, fortalecendo conexões que vão muito além das redes sociais”, explica a especialista em Marketing Estratégico, Marketing Digital e Inteligência Artificial, Camila Renaux.
O “community marketing” se torna um diferencial competitivo ao transformar clientes em verdadeiros advogados da marca. Esses grupos têm o poder de criar conexões mais sólidas e promover engajamento exclusivo, estabelecendo um vínculo que vai além das transações comerciais. “Uma comunidade não apenas consome seu conteúdo ou produtos, ela vive e compartilha seu propósito. Ela defende sua marca, engaja de forma ativa e se mantém ao seu lado em qualquer jornada”, acrescenta.
Camila conta que a construção de comunidades não depende do porte da empresa ou do profissional. O fundamental é cultivar confiança, identificação e uma relação de troca contínua. Essa estratégia transforma o público em parceiro, criando laços que atravessam crises, evoluções e mudanças de mercado. Para que sua marca tenha grupos fiéis, Camila Renaux destaca algumas práticas fundamentais:
1. Gere identificação: “deixe claro o que você acredita, o que você faz e por qual motivo faz”, ressalta Camila. O público precisa reconhecer valores que se alinhem aos seus próprios, criando um senso de pertencimento. Isso exige transparência, comunicação honesta e consistência em cada ação;
2. Seja imperfeito: a perfeição deixou de ser a meta nas redes sociais. “As pessoas se conectam com quem é real”, reforça a especialista. Mostrar vulnerabilidades e situações cotidianas é uma forma poderosa de humanizar a comunicação e criar proximidade;
3. Aposte na naturalidade: uma abordagem espontânea, sem roteiros ou padrões engessados, aproxima marcas de suas comunidades. “A vida real será uma tendência em 2025. Se permita ser autêntico e dividir momentos do cotidiano”, sugere Camila;
4. Invista em pessoalidade: recursos como grupos exclusivos no WhatsApp, fóruns fechados ou as comunidades do YouTube, ajudam a criar um ambiente íntimo e interativo. Esses canais oferecem ao público uma experiência única, onde a comunicação se torna mais direta e próxima, fortalecendo o sentimento de pertencimento.