Empresas de diversos setores têm recorrido à inteligência artificial (IA) para aprimorar a jornada de funil, ou seja, o caminho que um cliente percorre desde o primeiro contato até a compra, passando por diversas etapas de conhecimento, consideração e decisão. A utilização da IA permite que as organizações personalizem a comunicação com os compradores, tornando as interações mais eficientes. Esse avanço tem mostrado resultados promissores nas estratégias de vendas e marketing.
Segundo uma pesquisa da Ebit/Nielsen, empresas que usam recursos de inteligência artificial registram um crescimento médio de 15% em suas vendas e de 10% na satisfação do cliente. A pesquisa destacou que a personalização e a automação são fatores-chave para esses resultados, já que permitem um maior entendimento do comportamento do consumidor e a oferta de soluções mais adequadas às suas necessidades.
Alan Nicolas, especialista em IA para negócios e fundador da Academia Lendár.I.A, enfatiza a importância de uma abordagem personalizada. “Para que a IA realmente contribua para o crescimento das vendas, é fundamental que ela seja programada com uma personalidade que dialogue com o público-alvo. Isso significa criar um estilo de comunicação que esteja alinhado com os valores e expectativas dos clientes”, afirma.
A importância do estilo e personalidade na IA
Se engana quem pensa que a única opção é uma Inteligência Artificial que soa de forma robótica. Ela pode adquirir diferentes personalidades para se comunicar de maneira cada vez mais fluida com os consumidores. A primeira metodologia para alcançar isso é a análise de dados comportamentais. A partir de grandes volumes de informações, a IA identifica padrões e preferências, ajustando sua comunicação para ser mais convincente.
Outro método é a incorporação de elementos de diálogo mais comuns e cotidianos. Ao utilizar modelos avançados de processamento de linguagem natural (NLP), a Inteligência Artificial pode imitar o estilo de comunicação humano, criando mensagens que parecem mais autênticas. Isso ajuda a estabelecer uma conexão mais forte com os clientes, aumentando a probabilidade de fechamento da venda.
Por fim, a IA pode ser treinada através de análises constantes. A cada interação, a ferramenta aprende com as respostas dos clientes, ajustando a abordagem para melhor atender às suas expectativas. Essa capacidade de aprendizado é essencial para manter a eficácia das conversas ao longo do tempo.
Aplicações práticas
No topo do funil de vendas, a IA pode ser utilizada para atrair potenciais clientes através de campanhas publicitárias personalizadas. Ao analisar dados demográficos e comportamentais, a Inteligência Artificial cria anúncios que são mais propensos a captar a atenção do público-alvo. “A personalização no topo do funil é muito importante para atrair a atenção em um mercado saturado. A IA permite que as empresas se destaquem em um mundo de conteúdos, posts e concorrentes disputando a atenção dos clientes em potencial”, salienta Alan Nicolas.
No meio do funil, a IA facilita a nutrição de leads com conteúdo personalizado. Enviando e-mails segmentados e ofertas exclusivas, a ferramenta mantém os possíveis clientes engajados e avançando no processo de compra. Eles recebem a informação certa no momento certo, o que se mostra efetivo no longo prazo.
No fundo do funil, a IA pode ajudar a fechar vendas através de recomendações de produtos personalizadas e suporte ao cliente automatizado. Este conteúdo recomendado com base em IA é especialmente eficaz, pois considera o histórico de compras e as preferências do cliente, oferecendo produtos que realmente atendem às suas necessidades.
Por isso, a personalização e o treinamento do modelo de linguagem são fundamentais para garantir que o cliente se sinta acolhido e não tenha dúvidas sobre o produto ou serviço. “A inteligência artificial é uma ferramenta poderosa para impulsionar as vendas em todas as etapas da jornada de funil. Ao adotar uma abordagem adaptável, as empresas podem criar experiências de compra mais evoluídas e fortalecer a lealdade do cliente. Vender nada mais é do que criar conexões duradouras”, conclui Alan Nicolas.