Para difundir o ESG nas empresas é preciso resiliência, compromisso e – principalmente – o exemplo do C-Level para que a cultura seja abraçada por toda a companhia. Essa é a principal indicação de Fabio Coimbra, sócio da PwC, e reverbera a fala de Roberto Andrade, líder de Negócios da CBRE GWS, e de Renata Ribeiro, diretora Financeira da Wacker Chemie, que participaram do primeiro dia da Expo ESG, um dos principais eventos sobre a temática do Brasil.
Durante painel sobre estratégia empresarial e ESG, os especialistas falaram sobre a importância da cultura para a aplicação das estratégias ESG nas empresas. Para eles, quando o exemplo vem de cima é muito mais fácil que as ideias sejam internalizadas e absorvidas por toda a corporação.
“O C-Level é fundamental para que essas mudanças sejam implantadas nas empresas. A cultura organizacional precisa mudar para que o ESG seja realmente implementado”, afirmou Roberto Andrade. Segundo ele, nos últimos anos, as organizações precisaram repensar e atualizar a cultura, para que as práticas ESG fossem adotadas, as impactando inclusive financeiramente, já que os investidores estão seletivos com seus recursos, dando prioridade para empresas com práticas ESG.
Outra avaliação deles é que ética e negócio devem andar lado a lado para gerar os resultados sociais e financeiros buscados, assim como é essencial a adoção de modelos de negócios sustentáveis e de gestão de risco, com foco em governança e meio ambiente. “É preciso ter responsabilidade e força de governança na gestão das empresas. Os líderes têm papel importante nisso e devem estar atentos, pois em algum momento todos serão impactados pelo ESG”, disse Renata Ribeiro.
Para Fabio Coimbra, a preocupação com os stakeholders deve ser constante e alinhada com a estratégia ESG das corporações. Segundo o sócio da PwC, os órgãos reguladores e o poder público têm papel importante no fortalecimento da agenda ESG nas empresas.