O último trimestre do ano é sempre muito esperado pelo varejo. O movimento maior nas compras começa pelo Dia das Crianças, seguido pela Black Friday e o Natal. No entanto, esse movimento traz um receio para as empresas: as fraudes.
No último ano, 8,9 milhões de brasileiros foram vítimas de algum tipo de fraude. De acordo com um estudo divulgado pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), 48% estão relacionados a transações ou vendas realizadas pela internet.
Para o especialista em soluções e prevenção de Fraudes, Igor Castroviejo, Country Manager Brazil da 1datapipe, plataforma de Consumer Insights, uma das principais ferramentas utilizadas pelos golpistas atualmente é a IA, principalmente para burlar os sistemas de segurança de bancos e fintechs. “Com a IA, eles têm conseguido enganar usuários mais facilmente, o que vem gerando um alto prejuízo, inclusive reputacional, para as instituições financeiras”, destaca Castroviejo. De acordo com o Cybersecurity Almanac 2024, os ataques cibernéticos devem custar US$9,5 trilhões para a economia global.
Em toda a América Latina, 91% das empresas já passaram por um incidente de cibersegurança, de acordo com um levantamento da consultoria EY. No Brasil, só no último ano, o número de vítimas de golpes aumentou 70%, de acordo com um dados do Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios (Cebr), o que representa um prejuízo médio de R$8,5 milhões por empresa.
Para Castroviejo, o investimento e aplicação da Inteligência Artificial de ponta é a principal solução para as empresas que buscam minimizar os riscos de fraudes e golpes. Atualmente, ao combinar tecnologia com análise de dados, torna-se possível identificar indivíduos propensos a realizar atividades fraudulentas. Já existem no mercado softwares que avaliam as pegadas digitais dessa pessoa, incluindo seu comportamento online, o IP de seu dispositivo e também a confiabilidade de seu telefone e endereço de e-mail”, esclarece.
É possível enxergar uma tendência no uso da tecnologia, principalmente na América do Sul. Um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE) mostra que, mundialmente, 18% dos profissionais do segmento de combate a fraudes já utilizam a Inteligência Artificial e Machine Learning em seu trabalho, com outros 46% dos executivos do setor que residem no continente latino pretendendo incorporá-las nos próximos dois anos.
“Por meio do uso do Machine Learning, as empresas podem treinar seus algoritmos para identificarem o comportamento padrão de seus usuários. Caso o sistema detecte alguma operação anormal, como utilização em uma localidade diferente ou a compra de produtos fora do perfil, pode classificar a transação como suspeita e pedir alguma confirmação de utilização para o titular”, explica Igor.
Há uma tendência crescente no uso de tecnologia na América do Sul. Segundo um levantamento da Associação de Investigadores de Fraudes Certificados (ACFE), globalmente, 18% dos profissionais do setor de combate a fraudes já utilizam Inteligência Artificial e Machine Learning em seu trabalho, enquanto 46% dos executivos latino-americanos planejam incorporá-las nos próximos dois anos. “Com a aplicação do Machine Learning, as empresas são capazes de treinar seus algoritmos para reconhecerem os comportamentos típicos de seus usuários. Se o sistema identificar uma operação incomum, como o uso em uma localização distinta ou a aquisição de produtos que não correspondem ao perfil habitual, ele pode marcar a transação como suspeita e solicitar uma confirmação de uso ao titular”, finaliza o Country Manager da 1datapipe.