A Oxygea, veículo de Corporate Venture Capital (CVC) com US$150 milhões para investir em startups voltadas para sustentabilidade e transformação digital, que possui uma operação singular em Corporate Venture Capital e Venture Building, apresenta também um modelo inédito no contexto corporativo, criado pelo fundo para fomentar sua cultura: O programa de Incentivo de Longo Prazo baseado em Tokens.
A iniciativa cria uma carteira de investimentos acessível aos colaboradores para compartilhar a criação de valor, que é fruto dos investimentos que o fundo faz em startups, a exemplo de algumas práticas mais comuns aos players de Venture Capital. Além da remuneração mensal e benefícios, o time corporativo da Oxygea também tem acesso à uma remuneração variável, convertida em uma PLR (Participação em Lucros e Resultados) baseada em resultados do negócio e individuais e em Tokens alocados proporcionalmente ao tamanho dos aportes realizados pela Oxygea.
“Esse modelo foi criado para atrair para o nosso time pessoas com perfil empreendedor, compartilhar com os participantes o sucesso e a criação de valor da Oxygea junto às startups investidas, alinhando interesses e riscos através de um mecanismo ganha/ganha; perde/perde. Desta forma, estimulamos o apetite por investimentos, a agilidade na tomada de decisões e a diligência com o capital disponível para investir”, explica a Head of People, Rafaela Marques.
Para exemplificar na prática, suponhamos que um colaborador que recebe anualmente R$10 mil em remuneração variável, pode optar por investir determinado % deste montante no modelo ILP (Investimento de Longo Prazo) via Tokens. Caso a opção seja de 20%, R$2 mil são destinados ao modelo ILP – que pode se multiplicar ou não, de acordo com o sucesso dos investimentos – e os R$8 mil restantes são recebidos via PLR, ou ICP (Investimento de Curto Prazo). Na Oxygea, a adesão compromete um percentual significativo da remuneração variável da liderança. Para a equipe, a participação é voluntária podendo chegar a 20% da remuneração variável no programa de Tokens. Não há restrição de cargos para participar do programa, mas há um ritual de validação dos nomes a serem indicados para participar pela diretoria com critérios pré definidos.
Assim como os mecanismos de investimentos do fundo, o programa de Tokens da Oxygea surgiu após uma série de Benchmarkings feitos durante a concepção do veículo, que mapeou fatores críticos de sucesso e também padrões entre aqueles que não obtiveram êxito no mercado de CVCs, o que, de acordo com Artur Faria, CEO da Oxygea, foi fundamental para perceber que, mesmo operando um Corporate Venture Capital, era necessário um certo nível de independência para tornar a operação de investimentos mais competitiva:
“Observamos modelos que acabavam perdendo flexibilidade e competitividade pela conexão direta com a parent-company, enfrentando dilemas no alinhamento de incentivos para a tomada de riscos. Nosso modelo de Tokens é hoje um grande diferencial no mercado de CVC, onde a maioria ainda usa o mesmo formato de remuneração que sua ‘nave mãe’”, destaca o CEO da Oxygea.
A proposta dos Tokens também é uma alternativa para outras formas de remuneração que foram descartadas durante o estudo com benchmarks, como a formação de sociedades, stock options, ações e outros. O modelo utilizado, que é uma criação inédita foi co-construído a muitas mãos pela Oxygea junto a sua controladora, Braskem, e com a startup parceira Distu, expert no tema, envolvendo as áreas de Pessoas, Jurídica, Financeira e Portfólio, contando também com a abertura e contribuições por parte do Advisory Board do fundo. Esse projeto foi finalista do Prêmio Think Work Innovations 2024, concorrendo na categoria ‘Remuneração e Benefícios’ e premiado na categoria ‘Parceiro da Inovação’