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Black Friday ou Fake Friday? Para 62% dos consumidores, preços aumentam antes das ofertas

Para a Black Friday 2024, os consumidores brasileiros adotaram uma postura mais crítica e cautelosa em relação às promoções. Uma pesquisa da Hibou, empresa especializada em monitoramento e insights de consumo, com 1.200 entrevistados em todo o Brasil, indica que 62% dos participantes enxergam a Black Friday como uma “Black Fraude”, suspeitando que os preços sejam manipulados por aumentos artificiais antes do evento. A pesquisa também revela tendências de aprendizados, incluindo planejamento de gastos, e ainda mostra categorias de produtos que os consumidores pretendem comprar.

Mais estratégia, menos impulso

Para os brasileiros, a Black Friday exige mais que um clique na última sexta-feira de novembro. 51% dos brasileiros anotam os preços previamente para comparar no dia do evento varejista. Além disso, 55% das pessoas buscam conteúdos previamente em sites com comparativos de preços. Já 23% dos consumidores preparam previamente listas de produtos e 13% usam alertas de preço para verificar descontos. 

A desconfiança está em alta

Para 62% das pessoas, o varejo engana o consumidor subindo os preços dos produtos antes da data. Além disso, 4 em cada 10 pessoas alegam que tudo está muito caro e acreditam que durante a Black Friday não será diferente.

“O consumidor está mais exigente e informado. A Black Friday se tornou uma data de grandes expectativas, mas o brasileiro se mostra mais seletivo e prioriza marcas confiáveis,” afirma Lígia Mello, CSO da Hibou e coordenadora da pesquisa. “A ênfase este ano está no consumo consciente e em preços justos.”

Só se tiver vantagem

Para 61% dos consumidores, os melhores benefícios da Black Friday são os grandes descontos.  4 em cada 10 brasileiros acreditam que é a chance de comparar produtos, e 30% consideram o frete grátis um dos principais atrativos da data.

Responsabilidade ambiental

Os consumidores não estão só atentos aos preços, mas também com o cuidado das marcas com o meio ambiente. (63%) da população afirma que marcas que possuem iniciativas sociais e ambientais terão  preferência de compra

Gastar, mas gastar pouco

Apesar do apelo da data, os consumidores pretendem manter os gastos sob controle: 26% planejam desembolsar entre R$500 e R$1.000. Já  23% pretendem gastar entre R$1.000 e R$3.000. Para 22%, o limite está entre R$250 e R$500, enquanto apenas 7% pretendem gastar mais de R$3.000. 

“Mesmo com um controle maior de gastos por parte dos consumidores, das datas para o varejo nacional, a Black Friday é a que possui o maior ticket médio entre 500 e mil reais, até agora, em 2024” explica Ligia Mello.

Hora de se mimar

As compras têm foco pessoal: dos 44% que pretendem comprar durante a Black Friday e dos 38% que ainda não se decidiram, 92% vão investir em produtos para si próprios. As maiores motivações para a data são aproveitar boas oportunidades (51%) e adquirir produtos que ainda não possuem (30%), seguidas pela chance de substituir itens antigos (17%) e adiantar presentes de Natal (13%).

O que não vai faltar na lista de compras

40% dos entrevistados planejam comprar eletrodomésticos, 36% vestuário e 30% eletrônicos. Perfumes e cosméticos (26%) e alimentos (25%) também estão na lista de desejos. Quando questionados de maneira espontânea, entre os produtos mais desejados estão os celulares lideram com 20%, seguidos por Smart TVs (18%) e geladeiras (10%).  Além disso, este ano, itens como tênis e máquinas de lavar cresceram mais de 5 pontos percentuais em comparação a 2023.

Fofoca familiar das ofertas 

A troca de informações também faz parte da preparação: 60% dos brasileiros compartilham ou recebem ofertas de amigos e familiares, reforçando a busca por promoções de fontes próximas com o propósito final de boas oportunidades nas compras.

Compra por um clique ou por um passo?

Seguindo o comportamento online já inserido na rotina de compras dos brasileiros, os canais varejistas mais mencionados para este ano foram Amazon com 49% das intenções de compras e Mercado Livre com 60%. Outros 42% preferem plataformas como Shopee e Shein. 

Já aqueles que preferem conferir presencialmente as ofertas, 49% preferem lojas de rua já conhecidas, enquanto 38% optam por lojas que frequentam em shopping center. Para outros 29%, o passeio no shopping pode virar oportunidade de compra. E 26% começam sua jornada digital olhando as promoções e assim decide onde quer ir comprar.

“Este ano notamos também uma preocupação maior do consumidor em priorizar pequenos comércios, sendo a decisão de 41% dos brasileiros.” diz Lígia Mello.

Redação E-Commerce Uptate
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