A Futuros Possíveis, plataforma de inteligência sobre futuros, apresenta o relatório “Futuro das Apostas Online: onde estamos e para onde vamos”, a segunda edição de seu estudo sobre os hábitos e percepções dos brasileiros em relação ao mercado de apostas online, popularmente conhecidas como “bets”.
Realizada em parceria com a Opinion Box, a pesquisa ouviu 2.023 pessoas de diferentes faixas etárias e classes sociais em todo o Brasil, revelando os perfis e as motivações por trás das apostas online, além dos potenciais riscos socioeconômicos. Para 60% dos entrevistados, perder todo o valor investido em bets no futuro afetaria negativamente suas finanças pessoais.
Outro achado que aponta para potenciais riscos socioeconômicos é a propensão à tomada de empréstimos para sustentar o hábito de apostar. Nos próximos 12 meses, 25% dos respondentes considerariam recorrer a empréstimos para continuar apostando, indicador especialmente alto para a Geração Z, que lidera essa estatística com 45%.
Vistas como uma possibilidade de ganhos financeiros pela maioria (38%), as apostas atuam como esperança de alavanca financeira por parte dos respondentes. Entre quem espera que as bets melhorem seus orçamentos familiares, as classes D e E somam 32%, acima das classes AB, que têm 21%.
“O mercado de apostas online tem crescido rapidamente no Brasil, mas esse crescimento reflete desigualdades socioeconômicas que não podem ser ignoradas”, diz Angelica Mari, CEO e co-fundadora da Futuros Possíveis. “O estudo revela a urgência de conscientização financeira e a necessidade de regulação mais firme para proteger a sociedade dos riscos desse fenômeno.”
O relatório também explora as diferenças de comportamento de acordo com gênero e classe social. Homens tendem a apostar com maior frequência e valores mais altos, enquanto as mulheres são maioria entre aqueles que nunca apostaram. Além disso, a pesquisa identificou que a Classe C é a que mais busca ganhos financeiros com apostas, enquanto as Classes DE enfrentam a maior propensão ao endividamento para manter o hábito.
“As diferenças de gênero e de classes sociais mostram a dimensão dos efeitos das bets no Brasil e precisam ser observadas de perto. Ao mesmo tempo em que se divertem mais do que as mulheres apostando, os homens estão mais propensos a tomar empréstimos nos próximos 12 meses para manter a prática,” analisa Marcelo Gripa, COO e co-fundador da Futuros Possíveis. “Este é um sinal de que a diversão pode se transformar em dívida sem os devidos cuidados.”
O relatório inclui outros achados, como:
- As motivações por trás dos lances: 38% apostam visando a possibilidade de ganhos financeiros; 27% para tentar a sorte; e 17%, para a diversão;
- Frequência e gastos: Homens apostam com mais frequência e valores mais altos; mulheres são maioria entre quem nunca apostou;
- Risco e endividamento: Geração Z e Classes DE apresentam maior propensão a tomar empréstimos para continuar apostando;
- Valores: A maioria aposta menos de R$ 50 por lance; sendo que mulheres são maioria nas apostas nesta faixa (70% versus 59% dos homens).
“Esperamos que este estudo seja um passo importante para iniciar um diálogo mais amplo sobre o impacto das apostas online no Brasil, considerando os aspectos financeiros, sociais e de saúde mental destas práticas”, diz Andreza Maia, co-fundadora e diretora de influência da Futuros Possíveis.
“Estes dados podem apoiar o diálogo sobre políticas públicas que promovam a educação financeira e ofereçam suporte às populações mais vulneráveis, que muitas vezes são as mais afetadas pelas apostas online”, completa.
A coleta que gerou os dados que baseiam o estudo foi realizada entre os dias 18/09 e 25/09, e a margem de erro é de 2,2pp. Para mais informações, acesse o relatório completo: https://futurospossiveis.rds.land/futuro-das-apostas-online24