A Netbr, focada em arquiteturas abertas de identidade digital, está firmando parceria com a britânica Customer Futures. Trata-se de uma consultoria de inovações, especializada em estratégias para abordar a experiência do consumidor com base em identidades descentralizadas.
No modelo convencional de identificação, as credenciais usuário trafegam de um ponto a outro da rede como um único bloco de dados, e estas informações (muitas desnecessárias para o propósito específico) são coletadas pelo site do prestador do serviço.
As identidades distribuídas permitem que o consumidor controle seus próprios dados pessoais, sem depender de terceiros centralizadores, como governos ou empresas. Elas utilizam tecnologias como blockchain e a tokenização para garantir privacidade e portabilidade em formas de autenticação não invasivas.
Fundada e dirigida pelo pesquisador de experiência digital Jamie Smith, a Customer Futures vem lançando novos conceitos de UX e CX equilibrando a privacidade com experiências sedutoras.
Na visão da Netbr, uma das formas em que isto acontece é através da oferta de carteiras digitais (“wallets”). Com as wallets, o consumidor conserva os dados de identidade criptografados no seu dispositivo pessoal e oferece aos sites apenas o que for indispensável. Por exemplo, provar que é maior de idade, não precisa liberar seu endereço, embora os dados residenciais estejam disponíveis na carteira para as situações adequadas.
A Customer Futures tem inúmeros projetos em “EmpowerTech”, “CustomerTech” utilizando modelos de identidades granulares, com dados em multicamadas.
Segundo André Facciolli, CEO da Netbr, a parceria ajuda sua empresa a projetar novas jornadas para consumidores, colaboradores e parceiros, adaptadas à emergência da inteligência artificial.
Isto implicará no design de experiências digitais mais fluidas, porém resistentes ao abuso de privacidade ou à burla do consentimento do cliente.
A Experiência do Open Finance
A Netbr tem 20 anos em transformação de gerenciamento e governança de identidades voltadas para funcionários, clientes, parceiros e entidades impessoais, nas disciplinas WIAM, IGA e CIAM. A empresa tem envolvimento direto na arquitetura de jornadas de clientes B2C e B2B para o Open Finance, superando 100 projetos em transformação de identidade.
No Brasil e na América Latina, a Netbr introduziu os diversos projetos relacionados à identidade distribuída e a identidade descentralizadas (DiDs). Entre eles estão a aplicação de wallets, baseadas em arquiteturas não proprietárias e não devoradoras de atributos pessoais.
Com a nova parceria, a Netbr passa a ser um canal de ressonância dos serviços de advisory e evangelização do uso de identidade digital como um direcionador de valor agregado, não apenas em tecnologia, mas numa visão de negócio.
Além disso, o time da Netbr irá oferecer essas plataformas de identidade descentralizada para a criação de jornadas “zero trust” sem fricção para os negócios dos clientes. O objetivo é garantir, ao usuário, o total controle sobre a pilha de atributos pessoais que compõem a sua identidade.
Serviços Gerenciados
André Facciolli acredita que a implantação de produtos de IAM deve vir alinhada à oferta de serviços que vão além da área puramente técnica, e é nisso que a Customer Futures agrega às entregas de sua empresa. Além disto, o executivo enxerga um cenário favorável à oferta de serviços gerenciados (MSP), para cuidar de todo o ambiente de identidade e acesso nos fluxos de negócios das empresas.
“Vamos criar uma ponte entre a parte técnica, incluindo a adoção de padrões de processos corporativos (patterns business), e a modernização de jornadas de negócios, com a geração de casos de uso”, afirma Facciolli.
A Netbr vai oferecer treinamento, grupos de trabalho e workshops voltados para a realidade CustomerTech. Com isto, irá contribuir para formar massa crítica nesse tipo de abordagem, em nível de mercado e em nível de times de clientes.
Para o primeiro trimestre de 2025, a Netbr já prevê a contratação de projetos envolvendo a Customer Futures nos segmentos de telcos, bancos, varejo, hospitalidade, ESG e cooperativas.