A eficiência e qualidade da manufatura estão intimamente ligadas à digitalização, responsável por impulsionar a competitividade, a sustentabilidade e a inovação nas empresas e instituições. Pauta essencial para debates, os aspectos relacionados à digitalização serão amplamente abordados durante do 8º Fórum de Manufatura, o principal evento do setor do País, que acontecerá em São Paulo, entre os dias 26 e 27 de agosto próximo, no Novotel São Paulo Center Norte. O fórum terá como tema central “IA, modelos preditivos e analíticos e pessoas no centro da digitalização, impulsionando a indústria brasileira”.
No painel de abertura intitulado “Prospecção, modelo estratégico e operação alinhados para garantir uma gestão da produção segura, equilibrada e competitiva” será apresentado como o segmento farmacêutico, independentemente das diferenças de perfis das indústrias nacionais, busca maior eficiência, otimização de recursos e competências para se adaptar à Indústria 4.0. A quarta revolução industrial que se caracteriza pelo desenvolvimento de sistemas totalmente interligados e colaborativos, utilizando tecnologias emergentes (Big Data, Internet of Things, Cyber-Physical Systems, Digital Twins e Inteligência Artificial) com potencial para revolucionar o mercado farmacêutico, as cadeias de distribuição e a qualidade dos produtos farmacêuticos.
“Tenho confiança de que a transformação digital no nosso setor será determinante para uma saúde sustentável. É preciso focar na saúde digital, em especial, na formação dos profissionais em tecnologia, na integração de sistemas, alocação eficiente de recursos, união de setores com diretrizes convergentes, conduta ética e em conformidade com a legislação”, especifica Shirley Meschke M. Franklin de Oliveira, Senior Executive Legal Director of Brazil & Legal Counsel for Global Access & Value (Ex-US) da Pfizer. Segundo ela, as novas tecnologias estão mudando a atuação de parceiros, clientes, consumidores da indústria farmacêutica e, consequentemente, impactando as relações entre as organizações do setor. “A partir do momento em que os parceiros da indústria têm acesso às novas tecnologias, passam a ter demandas/necessidades diferentes, resta à indústria repensar o seu modelo de negócio, ou seja, a criação, entrega e captura do valor”, sintetiza Shirley.
Na palestra “Digitalização e a Inteligência Artificial”, João Maia, diretor de estratégias em IA da Venturus, desenvolvedora de soluções tecnológicas, irá esclarecer o porquê da criação dos LLMs trouxe muito poder aos usuários. LLMs (Large Language Models) são os tipos de modelos de inteligência artificial criados para entender e gerar texto. De acordo com Maia, atualmente não é mais necessário recorrer a milhares de ferramentas para capturar, entender e transformar dados em informações. A IA reduz tarefas burocráticas e foca no que interessa: criação de diferenciais competitivos. “Compreender o funcionamento da IA Generativa irá proporcionar insights valiosos sobre otimização produtiva, além de ser um importante fator no desenho de estratégias de curto e médio prazo”, explica Maia.
Nas sessões paralelas “Manufatura Estratégica”, Luiz Egreja, executivo de clientes sênior da Dassault Systemes, irá discorrer sobre a complexidade em operações industriais e o significativo aumento na complexidade dessas operações, devido a uma série de fatores que envolvem a cadeia de suprimentos, proliferação de novos produtos, falta de Recursos Humanos para atuar em processos produtivos e complexos. Todas essas situações somam-se ao impacto em todas as atividades das empresas, do marketing aos Recursos Humanos. “Vamos dar ênfase nos aspectos que impactam as operações de manufatura das empresas, avaliando também outras áreas afetadas. Para concluir, para cada área dentro da manufatura, afetada pelo aumento da complexidade, iremos fornecer algumas ideias e recomendações baseadas na nossa experiência na Dassault, a fim de evitarem um impacto negativo nas suas operações e finanças”, informa Egreja.
Ariadne Garotti, VP & Managing Director da Efeso, vai apresentar a importância atual da integração de todos os elos da cadeia de valor de ponta a ponta. No passado, existia apenas o foco na fábrica ou em processos industriais; no entanto, hoje a preocupação está direcionada desde o início da cadeia com a definição clara da estratégia do negócio até a chegada do produto no cliente, de forma totalmente integrada e sincronizada. “Também iremos expor como a plataforma digital pode ser uma grande aliada na eficiência da cadeia de valor, trazendo agilidade, dados em tempo real e o conceito de “menos papel” dentro das operações”, reitera Ariadne.
Inovação – Na sessão paralela “Boosting Order-to-Delivery Excellence”, Rüdiger Leutz, CEO, e Fabrício Sousa, Mobility Partner, ambos da Porsche Consulting apresentarão como o Order-to-Delivery é o principal processo de negócios multifuncional – de ponta a ponta – de uma empresa para atender às necessidades dos clientes, de modo mais eficiente e flexível. A interação entre vendas, produção & logística, compras, finanças e desenvolvimento é fundamental. No entanto, empresas de todos os setores enfrentam desafios semelhantes com o desempenho da entrega. “Uma pesquisa da Porsche Consulting mostrou que 48% das empresas gostariam de ter prazos de entrega mais curtos, enquanto 19% dos clientes estão insatisfeitos com a pontualidade na entrega. Ao mesmo tempo, até 12% da arrecadação anual é perdida em lucros, devido a dificuldades internas e turbulências decorrentes de ineficiências nos processos. As organizações também reclamam da ineficiência da tomada de decisões em todos os parceiros, especialmente vendas, produção e compras”, expõe Leutz.
“Tais desafios exigem que as empresas se adaptem para reagirem às mudanças nos contextos de oferta e demanda. Na palestra focaremos na metodologia Order-to-Delivery, que permite voltar a manufatura aos requisitos de flexibilidade e customização de produtos, através de um modelo operacional estável e lucrativo”, complementa Sousa.
A digitalização da indústria representa uma transformação na forma como as empresas operam e competem globalmente. Este será o assunto da palestra “Digitalização da produção: cases de aumento da competitividade industrial através da relação entre ICT e empresas”, por Carlos Alberto Fadul Corrêa Alves, diretor executivo da Fundação Certi. “Serão explorados exemplos práticos de projetos de sucesso da Fundação com empresas, demonstrando como a colaboração entre Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) e indústrias impulsiona a competitividade através da implementação de projetos de Indústria 4.0. Como conclusão, pretendemos demonstrar que a digitalização da indústria não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para as empresas que desejam manter sua competitividade no mercado global. Ressaltamos que o desafio tecnológico para implantação das tecnologias da I4.0 requer metodologias robustas, parceria e colaboração para alavancar a transformação digital, promovendo um futuro mais digital e eficiente para o setor industrial”, enfatiza Corrêa Alves.
Jean Paulo Silva, COO – Chief Operating Officer da Dexco, abordará “Como treinar, desenvolver e reter talentos com habilidades digitais” no encerramento do 8º Fórum de Manufatura. Segundo ele, treinar, desenvolver e reter talentos com habilidades digitais é crucial para qualquer organização que deseja ser competitiva e inovadora. “Para isso, temos alguns desafios que passam por um mapeamento das competências digitais necessárias (ou potenciais) à companhia, e pela identificação de talentos com potencial para o desenvolvimento dessas habilidades. Mais que o acesso a ferramentais e tecnologias, os profissionais com habilidades digitais precisam dispor de ambientes onde as mesmas possam ser exploradas, aproveitadas e reconhecidas”, explica Silva.
O 8º Fórum de Manufatura reunirá os principais executivos do segmento e áreas afins, tais como: bens de consumo, aeroespacial, automobilísticas, alimentos, bebidas, farmacêuticas, têxteis, máquinas, peças e equipamentos, papel, indústrias de transformação e de processos. Contará, ainda, com a presença das empresas patrocinadoras: Beckhoff, Tetra Pak, Tivit, Dassault Systemes, Compass Uol, Porsche Consulting, Veolia, Westcon, Sick, Cogtive, Efeso, Venturus, Vockan, St-One, Iniciativa Aplicativos, Comprint, Labsoft e Vesuvius. Entre os apoiadores, figuram importantes entidades: Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (ABIMEI), Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (ABIVIDRO), Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas Automotivos e Industriais (ABRAFILTROS) e Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). Apoiadores de mídia: Revista Petro & Química, Revista C&I – Controle & Instrumentação, Centro de Informação Metal Mecânico (CIMM), Pacto de Promoção da Equidade Racial, Visite São Paulo, Berthas, Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (ABRAMAT) e Abinee- Eletroeletrônico.