Os influenciadores digitais ganharam notoriedade nos últimos anos, fazendo a chamada creator economy ganhar evidência no Brasil e no mundo. Dados da Goldman Sachs Research mostram que esse mercado movimenta cerca de US$ 250 bilhões e tem potencial para crescer mais de 90% até 2027, resultando em um faturamento de US$ 470 bilhões.
No time do mercado de influência estão criadores de conteúdo, blogueiros, ativistas, designers, podcasters, artistas, músicos e até atletas. Nas redes sociais, eles produzem conteúdos voltados para o seu nicho de atuação e influenciam o público de diferentes maneiras.
O crescimento do mercado de influência se dá não só pelo aumento da audiência, mas também pelo maior interesse das marcas em investir em estratégias de marketing com a participação desses influenciadores.
Pesquisa conduzida pela Influency.me revela que 54% das marcas entrevistadas investiram em marketing de influência em 2023. Destas, 68% pretendem aumentar os investimentos em 2024, enquanto 29% desejam manter o mesmo patamar do ano passado e apenas 3% informaram a intenção de reduzir os recursos.
Para analisar o resultado da parceria entre marca e influenciadores digitais, ambos usam ferramentas que possibilitam visualizar as principais métricas das redes sociais, como o dashboard. Os dados permitem entender se o público-alvo está sendo alcançado e se a estratégia está, de fato, rendendo bons frutos.
Parceria entre marcas e influenciadores no Brasil
O crescimento do acesso à internet no Brasil aumentou a visibilidade dos influenciadores digitais. De acordo com dados da Hotmart, os brasileiros ficam o dobro do tempo nas redes sociais, em comparação com o restante do mundo.
Além de pesquisar e interagir nas redes sociais, a internet é utilizada para as compras. Só no ano passado, 80 milhões de brasileiros adquiriram algum produto pela internet, conforme aponta a pesquisa TIC Domicílios.
Nesse contexto, os influenciadores digitais também marcam presença. Há pessoas que utilizam as redes sociais dos criadores de conteúdo como fonte de informação sobre produtos e serviços. Atentas a isso, as empresas têm investido em parcerias com esses profissionais.
A estratégia realmente tem efeito no Brasil. Estudo da PQ Media mostra que os influenciadores digitais são fundamentais nas decisões de compra dos brasileiros e, por isso, 70% das grandes marcas investem na estratégia de marketing de influência para ganhar mais audiência.
Fonte de renda para criadores de conteúdo
A movimentação econômica das atividades de influenciadores digitais fez dela uma profissão popular, sobretudo, entre os mais jovens. Dados da Youpix mostram que já são mais de 300 milhões de criadores de conteúdo no mundo. Deste total, 30 milhões são brasileiros que ocupam o Instagram, Facebook, YouTube, TikTok e outras redes.
Mas para fazer sucesso e gerar influência, o conteúdo precisa ser autêntico. Há aqueles que investem em vídeos rápidos, informações sobre o nicho de atuação, trends e dicas para prender a audiência e conquistar mais seguidores.
Para esses profissionais, a renda vem de visualizações nas redes, acordos diretos de branding para lançamento de produtos, receitas de publicidade, assinaturas e, até mesmo, por doações diretas dos seguidores.
Segundo a Goldman Sachs Research, a maior parte do faturamento dos influenciadores é oriunda de contratos feitos com marcas (68,8%). Em seguida, estão o valor recebido diretamente pelas plataformas (7,3%) e os rendimentos das próprias marcas (4,8%).